terça-feira, 11 de agosto de 2009

Comandos em ação - O filme







A origem de Cobra


Snake Eyes e Storm Shadow se gladiam. Ao lado, Conrad ´´Duke`` Hauser.


Hoje à tarde fui assistir G.i Joe: A origem de cobra com muita expectativa e animação, pois era um momento único de ver heróis que marcaram minha infância estreando no cinema depois de tantos anos. Assim como era conhecido no Brasil, esperava que o título fosse Comandos em Ação, mas foi mantido também por aqui o título original. Logo na bilheteria a atendente teve dificuldade em entender que o filme ao qual eu me referia era o recente G.i Joe, mas se tivesse sido um homem ia entender na hora. Qual homem que foi criança nas décadas de 80, 90 não teve a infância marcada pelos desenhos, gibis e pela linha de brinquedo do exquadrão de elite e da organização criminosa Cobra? Já no cinema, sentado atrás de mim estava um grupinho de garotos de aparentemente dez anos, comentando entre eles que nunca ouviram falar de ´´Deejay`` até saberem desse filme. Também pudera. Os garotos que nasceram na segunda metade dos anos 90 em diante não tiveram o privilegio de brincar com os bonecos de ação mais populares do mundo todo. Me pergunto quais serão os heróis deles daqui a alguns anos. Esse ano ainda teve Transformers, outro clássico dos desenhos animados e brinquedos que fizeram muita alegria dos meninos da mesma geração de G.i Joe, mas como sabemos, as duas tentativas de Michael Bay em transpor Megatron e sua galerinha robô para os cinemas frustrou muita gente, principalmente os saudosistas dos bons tempos de infância. Ficava então a mesma preocupação quanto o A origem de Cobra, encarado com medo, ceticismo e apreensão. Ficava enquadrado num tipo de filme que neguinho já assiste preparado para espinafrar o conjunto da obra, acusando os profissionais envolvidos de aviltarem sua infância. Sabendo que nem tudo agrada a gregos e troianos , fui assistir preparado ao menos para umas horas de diversão, acreditando que por mais que o roteiro não fosse lá isso tudo algumas coisas interessantes poderiam se salvar, como o simples fato de ver meus brinquedos de infância serem homenageados nas telas do cinema, fazendo jus àquela máxima Antes tarde do que nunca.
Quem é que não se apaixona por uma bandida como essa?
Embora a importância desse filme se dê para mim sobretudo pelo link que ele abre dos meus
tempos de moleque, A origem de Cobra é um bom filme de ação. Muita sequencia de ação, explosões, veículos, armas, robôs, trajes especiais, como todo menino gosta. Claro que as cenas de violência davam um tempero adulto não tão consistentes quando destinado apenas ao público infantil, e na época também, pasmem, passava despercebido o valor sensual e erótico que as guerrilheiras dos times tinham. Nunca fui fan das figuras de ação femininas, mas só quando vistas no cinema pude perceber que meus heróis de miniatura tinham companhias tentadoras. A começar pelo time do mal, encabeçados no quebra pau por Baronesa, morena deliciosamente tentadora de rostinho lindo, olhos e sorriso maquiavélicos e corpo que toda boa guerreira deve ter, com aquela roupinha preta justinha, reluzente e sexy, apontando pistolas e distribuindo tiro nos adversários, além de exibir extraordinária habilidade e força física e com aquele óculos fashion dela, o que conjuntamente lhe confere um charme sensacional, e o ninja japonês Storm Shadow. Mas a implacável vilã ex noiva de Conrad Duck, um dos mocinhos principais, acaba passando de terrível ameaça para uma pobre mocinha vitimada pelos planos malígnos do Cobra quando o filme se aproxima do final, o que achei que deixou a personagem menos interessante, quem gosta de mulher

perigosa sabe do que estou falando. O elenco feminino também é composto por Scarlet, a moça da balestra, também interessante, mas não a mais gata, a ruivinha como é sugerido pelo nome por quem Ripcord tarou, e a loiraça gata que trabalhava internamente na base assassinada de maneira covarde ainda na primeira parte do filme pelos bandidos fdps. Será que ninguém ensinou para esses caras que não se maltrata moças bonitas? Os uniformes justinhos e pretos de combate, diga-se mais uma vez, ficaram excelentes para as moças.

Scarlet com o traje que eu adoro nelas

A linda mocinha cruelmente empalada por um Cobra sacana

Entre os atores conhecidos os que me chamaram atenção foram Marlon Wayans e Adewale Akinnuoye-Agbaje, além da gataça Baronesa, interpretada por Sienna Miller. O primeiro, astro conhecido das comédias, estrelou filmes como As Branquelas, O Pequenino e Réquiem para um sonho, e apesar desse último filme citado se tratar de um drama, seu personagem é bem cômico, característico de suas atuações. Pra ser sincero quando soube que ele seria Ripcord já imaginei que sua função ali era proporcionar o alívio cômico que todo filme precisa, mas suas cenas de ação, heroísmo e romance me convenceram em não considerá-lo um palhaço em meio de um filme de ação, e sim um herói divertido. Também levando em conta que o desenho dos anos 80 era recheado de gracinhas entre uma guerrinha e outra. Marlon Wayans tem grandes chances de se tornar um Will Smith ou um Ed Murph da nova geração. Já Adewale Akinnuoye... (tudo bem, não vou escrever todo esse nome complicado, hehe), o mister Eko de Lost, fez o Heavy Dut, um militar durão que a princípio recusava-se a aceitar Duck e Ripcord nos Joe, mas aos poucos vai percebendo o quanto a dupla é habilidosa e competente, aliado a empatia que o general Hawk sentia por eles desde o momento em que os salvaram do ataque do início do filme.



Heavy Dut, o mister Eko de Lost


O que ficou faltando? Bom, assumo com segurança que fiquei satisfeito com o resultado do filme. E com os efeitos especiais também, dos quais o filme é muito bem recheado. Mas o que mais me deixou satisfeito mesmo foi a iniciativa da transposição de um pedaço gostoso da minha infância, como a de muita gente, para as telas. O filme é otimista, cheio de revelação, e no fim deixa claro que vai haver continuação. Os personagens foram respeitados e caracterizados da maneira certa. Pena que Destro não aparece como eu previa, esse vai ficar (com certeza) para o próximo G.i Joe, mas a história da linhagem de sua ´´raça`` foi muito bem relatada. Há aqueles que sentiram falta, por incríevel que pareça, das mensagens que os Joe deixavam no final de cada episódio. Eu só posso dizer que a ausência dos Cobras azuis, de capacete e de máscaras que hoje lembram as da gripe suína foi uma constatação desagradável. Mas quer saber? Os Comandos em Ação, ou mesmo G.I Joe, serão lembrados eternamente por mim não como uma franquia cinematográfica, mas pelos desenhos na tv, pelos brinquedos, pelos bonecos que meu irmão e eu adorávamos ganhar e brincávamos por tardes e tardes, quase sempre de polegares quebrados e alguns não tardavam em se partir ao meio e ficava aquela minhoquinha de borracha que ligava a cintura ao tronco pra fora. Isso sem contar os que dávamos um jeito de remendar com palitinho, cola e até durex. As guerrinhas e as várias ´´produções`` que fazíamos, os seus ´´colegas``bonecos de outras séries, como Playmobis e Transformers.... Bons tempos aqueles.


Destro, que ficou devendo sua participação para o próximo G.i Joe

A clássica coleção de bonecos que fascinou a infãncia de muita gente
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