quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Louco por triciclos



Faz uns meses que descobri na cidade da minha namorada um Clube do triciclo, lugar onde os motoqueiros locais amantes da motoca se reunem, mas não os proprietários de uma motoca qualquer, somente da clássica de três rodas, uma dianteira e duas traseiras, que os metaleiros das décadas passadas costumavam se amarrar. Se para alguns o veículo parece algo como uma moto diferente, esquisita e feia, olhando detalhadamente percebemos que é uma inovação do estilo, ousada, comprida, espaçosa, e com um design exuberantemente exótico, o que para mim é uma coisa belíssima. Motos de duas rodas estamos cansados de ver por aí, de vários modelos, marcas, cores, tamanhos, cada vez mais adquiridas por jovens que buscam uma pseudo sensação de liberdade e rebeldia, e que mais tarde trocam por um veículo mais cômodo e seguro, como um carro, e a primeira motoca acaba indo parar num desmanche. É claro que há aqueles que realmentem apreciam a moto tradicional, por ser mais rápida, propícia para o trabalho e o imediatismo das coisas, além dos aficcionados e colecionadores de veículos de automotores, mas se há algo próximo a isso que se faz sua presença ser notada, esse veículo é a tradicional moto de três rodas, que quem coleciona todo tipo de moto deve ter em sua garagem, e que eu também sonho em ter um, sendo eu um homem de personalidade própria que não segue modismos ou tendências, hehehehehe. Para algumas pessoas, futucando bem até teriam a resposta para o meu fascínio pela máquina, já que eu sou um admirador das diversas variações do rock de raíz, desde os clássicos aos contemporãneos, e nisso ligam uma coisa à outra, sendo normal encontrar nos filmes e em alguns lugares caricatos da vida real homens barbados, cabeludos, de jaqueta de couro, pulseiras e correntes montados na tal motoca igualmente cheia de adereços, como uma árvore de natal. Realmente tenho um gosto especial por coisas diferentes, exóticas, que tenha um charme ímpar, próprio, que merecem seu devido valor e reconhecimento. O tal triciclo é uma máquina aguçada, feroz, linda de morrer, impactante, e que não exige tanto controle, coordenação e equlíbrio que a moto comum embora sejam parentes próximos. E é nisso que ainda não me coçei para ter um, porque é necessário ter carta de moto para pilotar o veículo, coisa que ainda não tenho e momentaneamente me encontro sem saco para tirar. Mas ainda terei um, já sei até de qual cor mandarei montar; amarelo. Ia cair super bem. Já tenho até o nome com que batizá-lo: Pé na tábua. O motivo? Jurei para mim mesmo batizar meu primeiro veículo com esse nome, e provavelmente será meu primeiro. Talvez um dia eu tenha paciência para explicar o porque desse juramento. Se eu irei transformar meu trike em uma árvore de natal? Claro, eu já não disse que tenho apreço por coisas de belezas exóticas e charme especial? Mas nem só de duas ou três rodas se fazem uma moto. Não estou falando de monociclos (isso existe só no circo) e sim de quadriciclos. Sim, isso mesmo. Você já viu um desse? Eu me pergunto o que isso tem a ver com moto e suas adjacências. Tá mais para um bugue.



Na verdade, bem antes de conhecer o Clube do Triciclo, que me fez prestar mais atenção nesse tipo de moto, me recordo de uma conversa com um especialista de moto que dizia que esse veículo não era ´´uma moto de três rodas``, e sim um triciclo. Era a primeira vez que eu via alguém dando nome ao boi e no início achei engraçado, tava acostumado com a idéia de que triciclo era coisa para criança. Hoje em dia vejo que estava enganado, existem vários tipos de triciclo para adultos, inclusive os de pedal, o que penso seriamente em adquirir antes de comprar um motorizado. Minha identificação com o veículo foi tão grande, que não paro de estudar os modelos e as lojas que o oferecem, e como é difícil de achar uma no Rio, principalmente na zona sul, onde o que é mais usado são as bicicletas. O que não devia ser, já que aqui somo rodeados de orlas, calçadões, ciclovias, onde os triciclos de pedal são muito usados para lazer, e na Lagoa Rodrigo de Freitas vemos pessoas de todas as idades usando o ´´brinquedo``. É ótimo para entregadores que levam coisas de muito volume, para passeios, piqueniques, para levar pessoas na garupa sem que o peso vire o veículo, isso sem contar o desenho apaixonante que ele tem. Tomara que, anos mais tarde, a moda do triciclo pegue e ele seja bem difundido para todos os cantos. Bike já era, a moda agora será trike. Para não precisar ir numa fábrica encomendar ou mandar montar, me sugeriram entrar no site amazonbike.com, loja de Niterói, onde o veículo talvez seja mais usado, mas também encontrei o site dreambike.com, onde tem filial em São Paulo, e andei dando umas manjadas (e babadas) nos variados tipos das bagaças. Os preços não estão tão altos e logo logo estarei garantindo o meu.


E para a moda pegar?



Uma andorinha só não faz verão e não vai ser eu que vai fazer a moda pegar. O jeito é esperar para ver, mas sempre usando e com muito orgulho a peça como meio de transporte. Tem que ser o mais style possível. Para não me sentir sozinho no mundo basta lembrar que célebres personagens da ficção faziam uso do produto, como o Teletubie Pô (o vermelhinho), o garoto de Os Íncriveis que sempre se admirava com as atitudes de Roberto Pêra, o chefe da família, e até o Quico do Chaves. Um colega meu disse que já viu o Motoqueiro Fantasma montado em um, pena que não achei nenhuma imagem. Se alguém souber de mais personagens me avise. Você que gosta de triciclo, comente nesse post. Podemos ser bons amigos e trocar umas idéias sobre a máquina feroz. Quem sabe um dia, se eu tiver saco, faça a comunidade Triciclos de pedal no Orkut?

4 comentários:

Anônimo disse...

Pelo menos o triciclo é menos perigoso que as motos!

LuEs disse...

Eu realmente tenho duas confissões a fazer: a primeira, eu acho ridículo essas motos estranhas de três rodas; segunda, eu morro de vontade de andar numa dessas!
E também tenho vontade de andar naquelas que tem carrinho lateral. Um dia, eu certamente farei isso.

Unknown disse...

Quando comecei a ler foi inevitável não lembrar do Manowar,anos 60,rock pesado...depois quando notei a figura do Quico fiquei desconfiado e prosseguindo na leitura confeso ainda estar rindo trsts.

Não sou fã de carros tanto quanto de motos ( e triciclos) e adorei o texto.

Quando quiser formar uma gang,avise-me.


Pé na tábua rsrs.

Abraços!

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Sempre tive algum interesse pelos triciclos motorizados, tanto por esses mais parecidos com uma moto convencional quanto por outros modelos parecidos com aqueles que ainda circulam nas ruas indianas.

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