segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Putanesca games

Mais um videozinho dessa série idiota.


Revanche do jogo de submarino.

Cena maravilhosa



Hoje não sei por que acordei pensando na cena final do filme A Secretária, estimulo que me deu forças para sair da cama, Lee Holloway, personagem de Maggie Gyllenhaal, encarando o espectador após passar por aprovações que definiriam o resto de sua vida, uma vida feliz dali por diante, sem medo, sem pudor, séria e convicta de que agora sim encontrou sua identidade. Bom, para mim foi essa a impressão que o olhar dela passou. Antes ela era uma moça desacreditada, deslocada no mundo, sem saber a que veio na vida, e nesses únicos instantes de filme ela mostra uma postura séria e segura. Só o olhar, ela olhando para a câmera, dispensando elementos cenográficos é simplesmente uma das cenas mais belas que já vi no cinema, eu conseguia sentir tudinho que se passava na cabeça da personagem, que nos dizia: ´´Essa sou eu`` sem nem um pingo de medo no olhar. A até então pobre moça perdida no mundo, com um pai alcoólatra e uma mãe que a super protege, ainda mais em decorrência dos problemas psiquiátricos que teve que a levou a se tratar em um hospital, tentando se ajustar ao mundo, arrumando um emprego como a secretária de um tímido e também deslocado advogado, se envolve com ele e iniciam uma relação que deixa ambos satisfeitos, se descobrindo como uma moça submissa que vivencia momentos intensos de práticas e relações sadomasoquistas com o agora patrão e marido. Nessa questão Lee é uma moça corajosa, forte, romântica e sensível, que tem um final feliz, final esse que me emociona até hoje sempre que eu assisto ao filme, a ponto de me arrancar uma lágrima. E não é exagero. É um filme encantador, do estilo de romantismo que eu mais gosto, de mocinha indefesa em busca de seu príncipe encantado, mas adaptado para o mundo BDSM (Bondage, dominação, sadismo e masoquismo), claro, o que torna o filme ainda mais encantador. Não é a toa que é um grande exemplo de vida, e sempre me lembro e me baseio nele cada vez que fico deprimido. É mais do que recomendado. Eu tava tão certo do que o olhar da personagem de Maggie queria passar, que o próprio diretor, nos comentários do DVD, afirmou ser isso mesmo.Simplesmente lindo.
Mudando de assunto, antes de acordar e me lembrar dessa belíssima cena, eu tive um sonho curioso. O sonho foi o seguinte: Eu tenho o meu filme dos sonhos que sempre fantasiei tirar do papel, e acredito que eu não participaria da produção de nenhum outro longa antes desse. Nisso, um grupo de amigos me chamou para participar da equipe técnica. Mesmo não querendo acabei participando, mais pela camaradagem mesmo. As filmagens eram na praia. Até que uma catástrofe aconteceu, uma onda grandiosa veio e molhou os equipamentos. A equipe tava desesperada, tentando reparar o estrago, mas no fundo sabendo que não teria jeito, já que os equipamentos tinham sido realmente danificados. Então eu tomei uma decisão que eu não imaginava ser capaz mesmo em sonho, me despedi e fui embora. Por quê? Porque não tinha mais como continuar, ora bolas. Ou seja, eu tinha ido apenas para ajudar mesmo, não vesti a camisa do filme para me desesperar com eles e clamar por uma solução. Será que eu estava mesmo errado? Queria muito a opinião de alguém. Quando se envolve em um projeto tem que estar mergulhado com devoção, de corpo e alma, mesmo sem ser seu tão sonhado projeto? Quem teria a resposta? Esse assunto dava até um filme, mas quando acordei não conseguia pensar em mais nada senão a tão magnífica cena da mocinha acima.
(Ps.Foto ilustrativa. Essa foto não é a da cena que me refiro)
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